Fonte:
Tribunal
sul-coreano inicia sessão para decidir eventual prisão preventiva de
ex-presidente
YONHAP VIA REUTERS
Apesar de não estar obrigada a fazê-lo, a ex-presidente da Coreia do Sul deslocou-se pessoalmente para assistir à sessão
Um tribunal
de Seul iniciou hoje a sessão na qual vai decidir se aceita o pedido de prisão
preventiva do Ministério Público para a antiga Presidente da Coreia do Sul,
acusada de vários crimes.
As imagens
transmitidas pela televisão mostraram Park Geun-hye a sair de um carro e a
entrar no edifício do tribunal sem prestar declarações à imprensa.
Apesar de
não estar obrigada a fazê-lo, a ex-presidente da Coreia do Sul deslocou-se
pessoalmente para assistir à sessão convocada para ouvir os argumentos das
partes e, posteriormente, decidir um veredito, que deverá acontecer até
sexta-feira.
Destituída a
10 de março, a antiga Presidente é acusada de 13 crimes, incluindo suborno,
divulgação de informação governamental e abuso de poder.
Se o
tribunal aceitar o pedido do Ministério Público, a ex-chefe de Estado será
imediatamente detida e levada para um centro de detenção no sul de Seul.
Nesse mesmo
centro encontram-se já detidos a amiga Choi Soon-sil, conhecida como
"Rasputina" por ser próxima de Park, com quem alegadamente conspirou
para criar uma rede para extorquir empresas, e também o herdeiro do grupo
Samsung, Lee Jae-yong, acusado de ter pagado subornos no âmbito do referido
esquema.
O Ministério
Público da Coreia do Sul tinha anunciado esta semana que iria pedir a detenção
da ex-Presidente do país por crimes de corrupção relacionados com o escândalo
que levou à destituição no início do mês.
Park, de 65
anos, viu a destituição confirmada pelo Tribunal Constitucional no início do
mês, o que lhe retirou a imunidade. O processo judicial que foi iniciado foi
pedido por milhões de pessoas, que saíram à rua em protestos.
A amiga e
alegada cúmplice, Choi Soon-Sil, já está a ser julgada e o Ministério Público
considera que seria "contra o princípio de justiça" se Park -
primeira mulher eleita na Coreia do Sul para a chefia do Estado - não for
detida.
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